sexta-feira, 21 de julho de 2017

Como está a saúde oral de seu Pet?


Dia de abordar o tema: tratamento periodontal ⚠️

   E por quê tratamento periodontal? Porque já há uma doença instalada. Quando realiza-se a limpeza cirúrgica oral preventiva (a qual deveria ser pelo menos anual) denomina-se Profilaxia Dentária 😉.
   Veja o antes e o depois dessa cavidade oral. Paciente idoso, submetido somente há uma profilaxia oral, alimentação base ração seca. Apresentava halitose (mau hálito) intensa e por isso seu tutor buscou atendimento para conversarmos sobre a higienização oral. 

         
ANTES                                                                                     DEPOIS     
   
   No caso desse paciente, já existe uma doença oral estabelecida. Considerando a intensa presença bacteriana no cálculo dentário (tártaro), sua migração à raíz dentária promove o comprometimento do ligamento periodontal (estrutura que une dente ao osso - seja mandíbula ou maxila), comprometendo-o e provocando assim a mobilidade dentária. Esse é um dos motivos (☝🏻deles só gente, temos vários!!!) pelo qual é necessário anestesia geral. Somente anestesiado o paciente permitirá a remoção do cálculo (tártaro) no espaço sub-gengival (embaixo da gengiva - foto). Se for feito apenas a remoção do cálculo (tártaro) visível na coroa do dente, a doença permanece ativa e progredindo até culminar na mobilidade dentária. 




🤔    Então, todo procedimento dentário precisa envolver anestesia geral para remoção do cálculo sub-gengival? 👍🏻Isso mesmo. E não apenas por isso! Outras etapas se tornam essenciais para completar o procedimento. 
   E, cada uma delas tem sua importância. O uso do Ultrassom odontológico, uso de instrumentais esterilizados [🤔*], a realização do polimento dentário... dente por dente, face a face de cada dente 🤗! 
Aí, você deve estar se perguntando... "materiais esterilizados?! Mas para que se tudo parece tão sujo?!" Realmente, sabidamente a cavidade oral apresenta alto índice de bactérias normalmente residentes ali (flora bacteriana local) e outras - quando se estabelece esse desequilíbrio durante a doença oral. Porém, não precisamos contribuir com isso através de contaminação cruzada entre os pacientes não é?! 
   
   Mas se ocorrer mobilidade dentária por causa da evolução da doença periodontal? É necessário extrair o dente? SIM. O dente envolvido na doença periodontal e já com mobilidade é um foco de contaminação intra-oral. Observe na imagem a região identificada como raíz.
   A raíz dentária deve ser clara e não escura. O que garantiu essa coloração foi a presença de cálculo também já na raíz. E lembre-se, a raíz está no alvéolo, que está no osso que sustenta os dentes, seja mandíbula ou maxila. Ou seja: ao abrirmos a boca do animal, normalmente não a enxergamos (exceto em casos de retração gengival), mas  a doença está lá, silenciosa e progressiva.






Fique atento! 
Cada etapa estipulada é necessária e complementa a seguinte. 

Busque por procedimentos reais e completos 🙂
🔺Lembre-se que apenas a escovação rotineira proporcionará o "freiamento" da doença e sua prevenção. Escovação dos dentes em doença periodontal NÃO impedirá a sua progressão.


A saúde do seu Pet agradece 🐶🐱
Conte conosco 😉

🏁aqui, na Pet Health, você já sabe! Todos procedimentos cirúrgicos realizados por equipe especializada.

#vemprapethealth
Vamos falar sobre saúde?

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Cascata Metastática

  Quando seu Pet desenvolve uma neoformação e a análise laboratorial desse tecido (exame histopatológico) indica malignidade, significa que metástases podem ocorrer.

  De forma bem sucinta, a metástase é a ocorrência do tumor em um local distante e diferente da sua origem primária. É por causa "dela", que nessa situação - na ocorrência da metástase; é necessário combinar modalidades de tratamento à cirurgia.

  Leia e  entenda as e
tapas sequenciais envolvidas na disseminação do tumor , motivo principal pelo qual sugerimos sempre remoções de neoformações de forma precoce. 




"Metástase é a transferência de uma neoplasia maligna de um órgão para outro que não está conectado diretamente ao primeiro (de origem), não tem relação direta com o foco primário. Nos tumores malignos esse evento ocorre devido à transferência de células. A disseminação generalizada de tumores torna o tratamento de remoção cirúrgica combinada à irradiação ineficaz.

A metástase de uma neoplasia é o principal problema na prática dos tratamentos e uma das causas mais comuns de morte devido a um tumor. As neoplasias secundárias são relativamente comuns em relação às primárias.

Para que ocorra metástase a neoplasia deve conseguir invadir e degradar a matriz extracelular do seu local de origem. Além disso, esta precisa também penetrar nas membranas basais das paredes dos vasos e invadir o lúmen dos mesmos, logo após, albergar-se em um novo sítio; precisa que haja retrocesso do processo, ou seja, as células neoplásicas precisam emigrar dos capilares e invadir o tecido de um novo local. Receptores de superfície celular estão envolvidos nesse processo e reagem com componentes da matriz extracelular e membranas basais tais como: colágeno, laminina e fibronectina.

Durante a invasão do local, pode ocorrer a penetração das células neoplásicas no sistema linfático e, com isso, as mesmas são levadas até os linfonodos da região onde ficarão retidas. Algumas células podem ser destruídas, mas outras podem crescer e produzir novos tumores.

A disseminação neoplásica é um processo complexo e pode ser resumidamente dividida em cinco etapas:

1) invasão e infiltração de tecidos subjacentes por células tumorais devido a penetração em pequenos vasos linfáticos e sangüíneos;
2) liberação na circulação de células neoplásicas, isoladas ou mesmo na forma de pequenos êmbolos;
3) sobrevivência dessas células na circulação;
4) retenção nos leitos capilares de órgãos distantes;
5) extravasamento dos vasos linfáticos ou sangüíneos,e, a seguir, crescimento das células tumorais disseminadas.

O tumor primário para metastatisar-se deve ser bem sucedido na proliferação e ter uma boa resistência em apoptose.

A maioria, se não todos os cânceres, adquirem o mesmo conjunto de capacidades funcionais durante seu desenvolvimento para metastatisação, através de múltiplos mecanismos e estratégias.
Após o extravasamento do tumor no espaço vascular, as células precisam sobreviver muitas vezes em um microambiente hostil do órgão de destino. Para que a sobrevivência seja bem sucedida há um requerimento da modulação desse microambiente secundário, através do recrutamento de células do estroma do local, da produção de fatores de crescimento e também de angiogênese.

Células tumorais que podem metastatisar-se secretam enzimas variadas (colagenases, elastases, proteinases, peptidases, plasmina) que degradam o colágeno em membranas basais e matriz extracelular além de vários componentes glicoproteicos. Tais enzimas possuem ações hidrolíticas e desencadeiam a clivagem de um trajeto a fim de que ocorra a migração de células neoplásicas pelo tecido conjuntivo intersticial de prováveis novos locais, os quais poderão ou não, serem colonizados pelas células.

Ao longo de todo o processo de metastatisação, fatores mecânicos e imunológicos devem ser superados pelas células neoplásicas a fim de que as mesmas consigam albergar-se em um novo órgão e terem crescimento autônomo em relação ao tumor primário.

Os tumores podem disseminar-se através de três vias principais:

- Transcavitária - podem também serem chamadas de transcelômicas e ocorrem quando células de um tumor maligno penetram em alguma cavidade corporal, crescendo e disseminando-se. As cavidades a peritoneal e pleural são as mais afetadas, entretanto a pericárdica, subaracnóidea e articular podem também ser atingidas;

- Linfática - as neoplasias de origem epitelial geralmente iniciam sua disseminação através das metástases linfáticas, podendo também ser utilizadas por outros tipos de tumores. As células neoplásicas seguem a drenagem linfática normal da área do tumor primário, ocupando os linfonodos mais próximos e também os que recebem maior número de vasos linfáticos aferentes. A disseminação linfática do câncer de pulmão, por exemplo, invade inicialmente os linfonodos mediastinais e, subsequente os supraclaviculares e cervicais. Os canais linfáticos oferecem pouca resistência à penetração das células tumorais em tecidos além de serem a rota mais comum para a entrada de células neoplásicas na circulação. Por um tempo indeterminado é possível que os linfonodos consigam impedir a disseminação das células tumorais, pois, quando tais células chegam aos mesmos, elas entram em contato com células do sistema imunológico e, por isso, podem ser destruídas. Entretanto, se conseguirem resistir e encontrarem condições favoráveis para sua permanência e vitalidade, poderão se multiplicar;

- Sangüínea - As células tumorais invadem os vasos sanguíneos iniciando, assim, as metástases por via hematógena. As veias e vênulas, devido suas paredes menos resistentes, são mais facilmente penetradas do que artérias e arteríolas. As metástases por via arterial podem ocorrer, por exemplo, quando células metastáticas invadem o leito capilar pulmonar, quando conseguem atravessar comunicações arteriovenosas ou quando as próprias metástases pulmonares fazem o papel de um foco de novas células tumorais capazes de metastatisar-se. Os órgãos que mais comprometidos por esse tipo de disseminação no organismo são os mais vascularizados como o pulmão e fígado, contribui para isso o fato deles receberem, respectivamente, grande volume de sangue procedente das circulações cava e porta, ossos e cérebro. O coração também pode ser acometido por esse tipo de disseminação."

Fonte: A Physio







Aproveitando o tema, destacamos que no mês de julho, nossa campanha é relacionada a neoformações mamárias. 
Venha conversar conosco!

Você sabia que machos também podem desenvolver neoformações em mamas?  
Vamos tratar grande quando o problema ainda for pequeno?! 
Ah,essa conversa é por nossa conta, viu?!


  

A saúde inicia na prevenção